Usucapião Extrajudicial: Como Regularizar seu Imóvel em Metade do Tempo

Por Nicholas NascimentoAtualizado em 08 de maio de 2023
Usucapião Extrajudicial
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O que é a Usucapião Extrajudicial e por que ela pode ser sua melhor opção

A usucapião extrajudicial, introduzida pelo Código de Processo Civil de 2015 e regulamentada pelo Provimento nº 65/2017 do CNJ, representa uma verdadeira revolução na forma de regularizar imóveis no Brasil. Este procedimento permite que todo o processo seja realizado diretamente em cartório, sem necessidade de ação judicial, desde que não haja litígio e todos os requisitos sejam atendidos.

A principal vantagem? A redução drástica no tempo de tramitação. Enquanto um processo judicial de usucapião pode levar de 5 a 8 anos para ser concluído, o procedimento extrajudicial pode ser finalizado em apenas 6 a 12 meses, dependendo da complexidade do caso e da eficiência do cartório.

Requisitos essenciais para a Usucapião Extrajudicial

Para que você possa utilizar esta via mais rápida, é necessário atender a alguns requisitos fundamentais:

  • Posse mansa e pacífica: Você deve estar na posse do imóvel sem contestação por parte de terceiros
  • Tempo mínimo de posse: Variável conforme a modalidade de usucapião (de 2 a 15 anos)
  • Ausência de litígio: Não pode haver disputas sobre a propriedade
  • Anuência dos confrontantes: Os vizinhos precisam concordar com os limites do imóvel
  • Documentação completa: Incluindo planta e memorial descritivo assinados por profissional habilitado

Economia significativa

Além da economia de tempo, o procedimento extrajudicial também pode representar uma economia financeira de 30% a 50% em comparação com o processo judicial, considerando honorários advocatícios e custas processuais.

O passo a passo da Usucapião Extrajudicial

O procedimento segue um fluxo relativamente simples:

  1. Contratação de advogado: É obrigatória a assistência jurídica
  2. Coleta de documentos: Reunião de todos os documentos necessários
  3. Elaboração da planta e memorial: Por profissional habilitado (engenheiro ou arquiteto)
  4. Coleta de assinaturas: Dos confrontantes e titulares de direitos reais
  5. Protocolo no cartório: Apresentação do requerimento e documentos
  6. Notificações: O cartório notifica interessados que não assinaram
  7. Publicação de edital: Para conhecimento de terceiros
  8. Análise do registrador: Verificação de toda a documentação
  9. Registro da usucapião: Em caso de aprovação

Documentos indispensáveis para o procedimento

A documentação é um ponto crítico para o sucesso do seu pedido. Você precisará apresentar:

  • Ata notarial lavrada por tabelião
  • Planta e memorial descritivo assinados por profissional habilitado
  • ART/RRT do responsável técnico
  • Certidões negativas dos distribuidores judiciais
  • Justo título ou documentos que demonstrem a origem da posse (se houver)
  • Declarações de testemunhas
  • Comprovantes de pagamento de impostos e taxas
  • Comprovantes de residência no imóvel

Quando a via extrajudicial não é recomendada

Apesar das vantagens, existem situações em que o procedimento extrajudicial não é viável:

  • Quando há litígio sobre a propriedade
  • Quando algum confrontante se recusa a dar anuência
  • Em casos de imóveis públicos (com algumas exceções)
  • Quando há impugnação durante o procedimento

Nestes casos, será necessário recorrer à via judicial tradicional para resolver a questão.

Custos envolvidos no processo

Os custos do procedimento extrajudicial incluem:

  • Honorários advocatícios
  • Custos com a elaboração da planta e memorial descritivo
  • Emolumentos da ata notarial
  • Emolumentos do registro de imóveis
  • Custos com publicações de editais
  • Taxas para obtenção de certidões

O valor total pode variar significativamente dependendo da localidade e do valor do imóvel, mas geralmente é mais econômico que o processo judicial.

Atenção!

Se houver qualquer impugnação durante o procedimento extrajudicial, o processo será encerrado no cartório e deverá ser continuado pela via judicial. Por isso, é fundamental que todos os requisitos sejam cuidadosamente verificados antes de iniciar o procedimento.

Por que contar com assessoria jurídica especializada

A usucapião extrajudicial, embora mais rápida, exige um conhecimento técnico aprofundado e atenção a detalhes que podem fazer toda a diferença entre o sucesso e o fracasso do seu pedido.

Um advogado especializado em direito imobiliário poderá:

  • Avaliar previamente a viabilidade do seu caso
  • Orientar sobre a modalidade de usucapião mais adequada
  • Garantir que toda a documentação esteja completa e correta
  • Intermediar negociações com confrontantes
  • Acompanhar todo o trâmite no cartório
  • Responder a eventuais exigências do registrador

Investir em uma assessoria jurídica qualificada desde o início do processo pode economizar tempo, dinheiro e evitar frustrações desnecessárias.

Conclusão: A revolução silenciosa na regularização imobiliária

A usucapião extrajudicial representa uma verdadeira revolução no direito imobiliário brasileiro, oferecendo uma alternativa mais rápida, menos burocrática e frequentemente mais econômica para a regularização de imóveis.

Se você possui um imóvel há anos, mas não tem a escritura definitiva, esta pode ser a solução que você procura. No entanto, é fundamental contar com orientação especializada para avaliar seu caso específico e conduzir o processo com segurança jurídica.

Na Nicholas Advocacia, contamos com profissionais especializados em usucapião extrajudicial, prontos para analisar seu caso e oferecer a melhor estratégia para a regularização do seu imóvel no menor tempo possível.

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